Anjos e demônios

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O livro é um bate papo entre a monja Coen e o filósofo Mario Sérgio Cortella.
Vinicius
Não gostou muito da forma como o livro é estruturado (em relação ao diálogo).
Comentário sobre o “Capítulo: Fazer por merecer”.
O diálogo começa baseado no filme “O resgate do soldado Ryan” e basicamente fala sobre você colher o que plantar. Se as pessoas tivessem essa filosofia de vida, as coisas seriam bem melhores.

Michel
Não terminou de ler o livro ainda, mas ao contrário do Vinicius gostou da forma como a troca, o diálogo são apresentados. Realmente há uma distância e diversidade no assunto, talvez pelo fato dos autores serem de áreas diferentes, o que acaba fazendo com que demonstre um grande antagonismo e saiam um pouco do foco do que estão falando.
Dois conceitos foram muito impactantes:
• Virtude: a pratica da virtude não é um pensamento prévio e sim a realização do nosso próprio modo de vida e de ser.
• 3 tipos de budas: o que mais chama a atenção é o buda que sai “de lá de cima” e vem viver entre as pessoas normais. Ele é muito sábio, mas não impõe. Isso conectou muito com o processo de feedbacks que tem recebido, onde as pessoas tem dito isso: não imponha o que as pessoas devem ser, deixe elas se transformarem. A virtude está alinhada a isso, você saber dos seus passos. É meio frustrante você ter que dar espaço as pessoas quando você quer ajuda-las, vê-las na melhor situação possível.
O livro cita algo que se encaixa muito na atualidade que é “a equidade entre todos é algo benéfico, mas equidade não é igualdade”. Isso é entender que cada pessoa é única, mas está em uma fase diferente.

Leo
Gosta muito da monja Coen, mas não gosta de livros no formato de diálogo. Para ele é preferível ver um vídeo, assistir um debate etc. Porque existem uma série de elementos que deixam a leitura chata.
Claro, tem coisas que fazem muito sentido, até porque Cortella também é uma pessoa admirável, traz raízes, origens, significados a todas as coisas que ele fala.
Sentiu que alguns conteúdos são muito forçados porque tem muito conhecimento e ele acaba “pecando” pelos excessos. Porem tem uma linha de raciocínio muito boa.
Dessa forma algumas coisas chamaram bastante atenção:
No início do livro eles comentam sobre altruísmo. Em que eles propõem uma discussão se o altruísmo seria ou não uma forma de egoísmo. Essa é uma discussão muito interessante, porque é de se questionar se você faz “marca das suas boas ações”, você conta quando ajuda alguém?
Diante disso, ele vê que algumas pessoas passam, realmente, do limite, mas acredita que é melhor fazer e falar que fez, do que não fazer nada. É melhor você ajudar e ter, por exemplo redução dos seus impostos do que deixar seu dinheiro ir para o lixo e não ajudar ninguém.
É discutível que exista 100% de filantropia, porque você sempre ganha alguma coisa em alguma escala quando você se propõe a ajudar, nem que seja o seu bem estar, sua satisfação em poder ajudar.
Essa análise do altruísta, dentro do livro, foi muito bacana porque mostra isso: faz-se algo para alguém, mas acaba sendo para si próprio também.
Outro ponto a ser destacado na leitura é quando fala sobre a preguiça: porque a partir da fala sobre isso, se ressignifica a preguiça a partir da Idade Média. Eles falavam sobre os 7 pecados capitais, e que a preguiça era o grande pecado, o grande vicio. Mas não a preguiça de quem não trabalha, e sim a preguiça daqueles que não vivem em plenitude, que não potencializam a fé, que mesmo tendo energia para fazê-lo e não o faz.
Isso, na opinião de Leo é um dos maiores males do ser humano, sempre querer pegar atalhos, ir pelos caminhos e escolhas mais fáceis.
A lógica mais inteligente é a “lógica do suficiente”, nem escassez nem excessos.
Leitura deve ser enquanto crença e não enquanto circunstância. Às vezes as necessidades que temos de nossos atos serem percebidos, acabamos por abandonar os ritos que você teve para alcançar um resultado para ser reconhecido, frente ao querer ser reconhecido antes mesmo de ter o resultado.
É uma necessidade que temos de ser virtuosos, mas não podemos ser virtuosos porque se tem uma crença, é ser um virtuoso que constrói as circunstancias efetivamente para que as pessoas nos considerem virtuoso. E nunca é o quanto a gente quer.
O livro traz uma coisa bem legal que é sobre a atenção plena, mas atenção plena a algo, porque não existe esvaziar a mente, não pensar em nada. Existe canalizar a atenção a algo. E isso da atenção foi um divisor de aguas porque nos mostra a importância de estar 100% naquilo que você se propõe a fazer em determinado momento ou período.

Guilherme
O formato do livro foi uma decisão editorial que não coube ao Cortella ou a Monja Coen. Isso é bem comum, pela tentativa de vender mais. Esse tipo de livro são produtos editoriais que são fáceis de fazer.
Guilherme leu o ebook e por isso não sabe dizer ao certo como o livro foi montado, porque não teve acesso as “orelhas” do livro ou notas introdutórias.
No inicio é falado muito pouco (poderia até ser melhor desenvolvido) sobre Aristóteles, que a virtude está no equilíbrio, ou seja, nem ter excesso e nem ter a falta.
O mais interessante do livro são as colocações, as vezes dispersas, sobre assuntos que as vezes nem tem muita ligação com a virtude, mas que mostram outros caminhos e outras ideias.
Então ele fala sobre o tempo, com uma frase de Santo Agostinho em que quando se pergunta o que é o tempo, ninguém sabe o que é, mas quando ninguém pergunta ele sabe exatamente o que é (é difícil definir para os outros o que é o tempo).
É falado também sobre o erudito, a pessoa que aparou suas arestas, e faz a analogia com as pedras dentro de uma jarra de vidro, que é quando você não vai ferir ninguém e também não será ferido.
É citado também Manoel de Barros “quando chegado os 100 anos lhe é perguntado: você vai morrer? E a resposta é: não estou indo em direção ao fim, estou indo em direção a origem.”
Em direção a fala do Michel sobre igualdade e equidade, sabemos que a desigualdade é muito estudada na filosofia do direito. Eles falam sobre a igualdade entre os desiguais. Essa é uma discussão mais profunda que o livro não aborda muito.
Outra coisa dita que é muito interessante é uma fala de Pedro Nava “eu não tenho ódio, eu tenho memória.”
O livro trata também sobre a sinceridade, que é tudo o você disser é verdade, mas não precisa falar tudo, enquanto que a franqueza é a pessoa que diz tudo o que pensa sem se importar com o outro.
A virtude tem a ver com equilíbrio, mas também tem a ver com constância. As vezes alguém não tem resultado, mas não significa que aquele projeto não foi validado para o mundo nem por ele. Às vezes você precisa fazer mais coisas, ter mais constância para conseguir ter resultado. Essa é a crença do merecimento.
Proposta final:
Colocar R$10,00 por encontro no Book Club e se a pessoa não aparecer ela não ganha. Criar uma página de vendas, e chamar atenção da seguinte forma: “Ganhe dinheiro lendo livros”. Colocar um preço de R$ 132,00, e aí se apresenta provas sociais e consegue mais leads. Em cada encontro se escolhe o melhor ele ganhará 50% do montante o resto é dividido entre quem participou.

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